domingo, 27 de fevereiro de 2011

Obama - Anti-Católico



Quando Obama visitou o papa em 2009, Bento XVI deu a Obama um presente muito apropriado: Documento do Vaticano sobre Bioética e Direito a Vida. Mas, Obama mantém suas ações contra os princípios católicos.

Na semana passada, ele disse que o governo americano não vai mais defender que o casamento seja feito entre homens mulheres. Isto é, o governo federal não mais defenderá a Lei Defense of Marriage, que foi feita por outro democrata, Bill Clinton, e que tem servido como apoio legal para juízes defenderem o casamento tradicional. O Obama não pode fazer isso, é ilegal. Newt Gingrich lembrou que só o Congresso pode retirar uma lei e que esse ato pode ser usado para impeachment.

Mas não há chance de isso acontecer e Obama mantém sua agenda pró-gay. Antes, Obama já tinha acabado com o Don't Ask Don't Tell (Não pergunte, Não diga) que evita que a ação do exército seja prejudicada por questões homossexuais internas.

William Oddie do jornal Catholic Herald, depois de mais essa ação de Obama, classifica o presidente americano como inimigo dos católicos, pois o histórico do Obama em relação aos princípios católicos é o pior possível. Quando senador, Obama votou pelo aborto, pela liberação de pesquisas com células troncos, apoiou educação sexual para crianças de cinco anos, e votou contra a obrigação de avisar aos pais quando menores fazem aborto. Além disso, ele não convidou nenhum membro da Igreja Católica para sua posse, como é de praxe.

Toby Harnden do jornal The Telegraph fala hoje da posição em favor dos gays de Obama, e lembra, para minha tristeza, que muitos membros do partido democrata são católicos e apóiam casamento gay (odeio ver católicos que não conhecem sua religião e agem contra os princípios da própria Igreja. Por que eles não saem da Igreja? Há igrejas que aceitam padres gays, inclusive) e diz que o melhor que os republicanos podem fazer para ganhar as eleições em 2012 é não entrar no debate moral ou religioso com Obama.

Para Harnden, há problemas como desemprego, sistema de saúde, gastos públicos que Obama evitaria discutir se os republicanos se voltassem para questões morais.

É a mesma história de sempre. Políticos devem deixar questões morais de lado, para vencerem as eleições ou conquistarem algum objetivo. No Oriente Médio, deixamos as questões morais de lado e mantemos ditadores no poder por longos anos (Mubarak, Kaddafi, Rei Abdullah, etc.) e dentro dos nossos países contruímos uma sociedade que mata crianças nos ventres das mães e saudamos o casamento gay, destruindo a família.

O que vale mais? A família e a vida ou ganhar as eleições abandonando esses princípios? Precisamos de políticos que saibam o que é mais importante.

4 comentários:

André disse...

Realmente, Obama está excedendo as minhas piores expectativas. Quer dizer, eu já sabia que ele não era boa coisa desde que foi eleito, mas a sua presidência está sendo um desastre monumental. Eu me pergunto se os americanos conseguirão juntar os cacos e recuperar o país quando este senhor vier a desocupar a Casa Branca.

O mais irônico é que durante as eleições de 2008, ele chegou a dizer que era contra o casamento gay. Agora eu não consigo lembrar onde eu li isso. Provavelmente em um artigo da National Review ou do/da Townhall, mas o fato é que ele tem agido de maneira oposta. Ele declarou que uma das cláusulas da lei DOMA é inconstitucional, por alguma razão que eu ainda não cheguei a averiguar.

Mas eu gostei muito de você ter citado Newt Gingrich, um dos favoritos para a indicação democrata de 2012. Como você deve saber, ele foi o Presidente da Câmara dos Representantes entre 1995 e 1999 (sendo que foi considerado o "Homem do Ano" pela revista Time em 1995). Durante o mandato de Clinton, ele foi o principal responsável pela contenção de gastos do governo, o que resultou no notável crescimento econômico dos EUA durante a década de 1990. Muitos esquerdistas não gostam de se lembrar disso e atribuem os sucessos da economia no período unicamente ao presidente. A verdade é que, se dependesse de Clinton, os Estado americano teria dobrado as despesas e afundado em dívidas. Felizmente, os americanos perceberam isso e colocaram os republicanos novamente no comando do Congresso depois de 40 anos. O que eu não consigo entender é como esse mesmo Congresso republicano não tentou refrear os gastos durante o governo Bush.

Bom, tempos passados são tempos passados. O importante agora é que Gingrich é uma das poucas pessoas que tem a chance de ficar frente a frente com Obama e impedi-lo de arruinar ainda mais o país. Apesar de também ser um estusiasta de Sarah Palin, eu acho que Gingrich tem mais preparo e pode conseguir o apoio de mais setores da sociedade americana. Além de ser um conservador, digamos, "reaganista" e tradicional (ele já foi chamado de conservador apoplético por nada menos que a revista Veja), ele tem um carisma natural e pode atrair os votos dos republicanos que não querem se alinhar nem com o "radicalismo" de Palin nem com a moderação de Mitt Romney. E, cá entre nós, depois de Bush e McCain, a última coisa de que o Partido Republicano precisa é de outro moderado como candidato.

Abraços, André.

Pedro Erik Carneiro disse...

Grande André,

Como sempre um ótimo comentário.

Acho que o período do governo Bush foi muito bom em termos econômicos e ele não soube lidar com a gastança que isso proporciona. Bush em termos de controle de gastos foi um desastre, mesmo tendo o Congresso ficado nas mãos democratas por muito tempo.

Sobre o Newt Gingrich tendo a concordar com você, gosto dele também. Os americanos republicanos o criticam dizendo que ele às vezes vai longe demais nas suas posições e que no governo Clinton isso facilitou a volta dos democratas ao domínio no Congresso. Ele deixou o governo Clinton travado para controlar gastos. Para mim, os Estados Unidos estariam em ótimas mãos com ele na presidência.

Mas no momento eu estou de olho no Chris Christie e no gov. Walker. Ann Coulter já está em campanha por Christie e respeito a opinião dela.

Gosto da Sarah Palin, mas realmente ela é frágil frente ao comportamento e a experiência de outros republicanos.

Vamos ver. Os republicanos só não podem vacilar em matéria de gastos públicos, nem em questões morais. Além de não escolher outro RINO (Republican in Name Only), como eles chamam gente como McCain.

Grande abraço,
Pedro Erik

André disse...

Obrigado por me fornecer o significado de RINO. Eu já tinha me deparado com este termo diversas vezes e não sabia o que era. Mas eu gostaria de fazer uma correção. Você disse que durante o governo Bush o Congresso ficou nas mãos dos democratas à maior parte do tempo. É exatamente o contrário. Entre 1995 e 2006, os republicanos controlaram tanto o Senado como a Câmara, o que corresponde a 6 anos do governo Clinton e 6 anos do governo Bush.

O que eu não entendo é como os mesmos republicanos que puseram um freio em Clinton, impedindo-o de levar o país à bancarrota, não fizeram o mesmo com Bush. O que faliu, aliás, ainda está falindo os EUA não foram as Guerras do Iraque e do Afeganistão (embora de fato tenham contribuído muito para isso), e sim os chamados "entitlements", ou seja, os programas de assistência social. Para ser mais específico, o Medicare, o Medicaid e o/a Social Security. Os gastos com estes programas atingiram níveis históricos durante o governo Bush, que não eram atingidos desde o governo de Lyndon Johnson.

Felizmente, parece que o Tea Party "acordou" o Partido Republicano. Há tempos que eu não via isso. Acho que desde a indicação de Bob Dole em 1996 os republicanos não vinham mostrando preocupação com a inchaço da máquina estatal. A única coisa que eu lamento é que foi preciso uma crise para abrir os olhos deles... Mas isso agora é passado. Se os republicanos não cometerem a besteira de indicar Mitt Romney à presidência, eu já vou ficar satisfeito.

Uma última observação. Chris Christie e Scott Walker pertencem a uma nova geração de republicanos. Eu me atreveria a dizer que são os filhos da Era Reagan. Infelizmente, Christie já deixou bastante claro que não vai buscar a indicação do Partido, pelo menos por enquanto. Ann Coulter quer "forçá-lo" a concorrer, mas pelo jeito que ele falou (ele ameaçou cometer suicídio se não acreditarem nisso) ele não vai mesmo fazer campanha. Já Walker é o homem do momento, mas ele não tem muita experiência. Ele foi eleito governador ano passado. Talvez haja espaço para ele na chapa como vice-presidente. Não nos esqueçamos de que Calvin Coolidge acabou presidente desta forma. Após esmagar a greve dos policiais de Boston, ele atraiu para si as luzes da ribalta. Os delegados republicanos contrariaram a escolha de Warren Harding e indicaram-no candidato à vice-presidência. Com a morte de Harding, adivinhe o que aconteceu? Pois é.

Bom, eu espero que dessa vez os republicanos façam a escolha certa. Desta vez, com a exceção de Romney, o Partido tem uma boa safra de possíveis candidatos. Mesmo se Obama for reeleito (desastres acontecem), pelo menos não terão dado as costas a seus princípios.

Abraços, André.

Pedro Erik Carneiro disse...

Caro André,

Você tem razão quanto ao domínio republicano no Ciongresso durante um maior período do governo Bush. Mas o que quis ressaltar é que os democratas dominaram o congresso americano no período de maior pujança econômica do governo Bush, de 2005 até o fim do mandato. Mas, eu concordo plenamente com você e repito, o Bush foi um desastre em matéria de controle orçamentário

Clinton já tinha facilitado alterações que resultaram na crise econômica de 2008 (empréstimos de casas sem que a família mostrasse condições de pagá-la), mas Bush não evitou os erros e manteve-os.

Acho que o foco de Bush era outro: "protect the homeland". E, como você sabe, os republicanos são muito mais atacados pela mídia que os democratas. Veja, hoje o país está em crise financeira, desemprego, guerra, aumento dos preços do petróleo, e o Obama passa impávido pela mídia. Imagina se fosse o Bush. Então, o republicano acaba arrefecendo um pouco nos gastos para manter popularidade. Mas não deixa de ser um erro que ele pagará no futuro.

É verdade, Christie disse que não concorrerá várias vezes(não sabia do caso do suicídio), mas o que quis dizer é que estou observando Christie e Walker, eles realmente não estão tão prontos para serem presidentes quanto Gingrich, mas eles têm mostrado resposta corretas para o momento, não carregam tantas brigas internas quanto Gingrich e se Walker vencer a batalha de Wisconsin, ele sai muito forte. Acho também que não serão candidatos, mas não podem errar, se errarem pode ser o fim dos candidatos republicanos.

Os republicanos têm ótimas opções, basta retirar os RINOs e não cometerem erros morais ou na gestão pública.

Abraço,
Pedro Erik