domingo, 10 de abril de 2011

Israel e Hamas...e Egito, Síria, Turquia, Irã, Iraque, Bahrein...


Desde a semana passada, o Hamas começou novamente a lançar mísseis sobre Israel. No dia 7 de abril um deles atingiu um ônibus escolar (foto abaixo), Israel retaliou e já matou, segundo o site Stratfor, 4 comandantes do Hamas. Começa um novo conflito entre Hamas e Israel, em que são exibidas vítimas civis dos dois lados.


Mas agora, o negócio pode descambar para um conflito muito mais amplo, especialmente porque o Egito pode deixar de ser um ponto de paz, com a saída de Mubarak. O exército do Egito já enfrenta manifestantes, pode-se perder o controle da Irmandade Muçulmana que já declarou apoio ao Hamas em várias ocasiões.

Outros pacíficos com Israel também enfrentam levantes populares como Arábia Saudita, Jordânia e Bahrein. A situação não é tranquila também nos inimigos de Israel. Síria e Turquia (que está ficando cada vez mais inimiga) enfrentam manisfestacões populares que procuram destituir o governo. Nunca se sabe o resultado disso.

Outros interessados no conflito Israel-Hamas também têm problemas, como Iraque e Irã. Sendo que o Irã parece querer que os levantes nos países de maioria ou domínio sunita se intesifiquem para aumentar seu poder na região. O Irã procura destabilizar especialmente o Iraque e o Bahrein, dois países que são dominados por uma minoria sunita, com grande população muçulmana xiita, a facção religiosa do Irã.

O líder muçulmano xiita iraquiano Moqtada al-Sadr (foto acima), que é influenciado pelo Irã (morou lá e costuma ir ao Irã para "continuar seus estudos"), há muito tempo é contra a presença dos Estados Unidos no Iraque e recomeçou suas ameaças usando a mesma linguagem de Ahamadinejad. Ele disse ontem.

"Se os americanos não deixarem o Iraque conforme previsto, vamos aumentar a resistência e retomar as atividades do Exército de Mahdi".

Mahdi seria o redentor do islamismo, que viria a Terra para punir os infiéis e fazer o islã dominar o mundo.  Ahmadinejad usou esse mesmo Mahdi em vários discursos, com destaque para o que fez na ONU em 2009. Eu sei, os dois são xiitas, mas não são todos os xiitas que têm fixação em Mahdi.

Como os Estados Unidos e o mundo ocidental conseguirão combater essa avalanche de domínio cultural que favorece o confronto dentro do Iraque e em toda a região do Oriente Médio?

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