segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Quem Venceu nos Estados Unidos na Guerra da Dívida?


O Obama anunciou ontem a noite que os democratas e os republicanos chegaram a um acordo ontem sobre a elevação do teto da dívida, que atualmentem está em 14,3 trilhões de dólares. O pacote ainda não foi apresentado ao público e nem foi aprovado ainda, mas duas coisas são certas: não há aumento de impostos (pelo menos por enquanto) e o país se move no futuro para que sejam realizados corte de gastos.

Nos comentários que eu assisti ontem na televisão americana e li nos jornais, sobraram ainda quatro  importantes pendências: 1) Os republicanos não querem cortes de gastos exagerados na área de defesa, como querem os democratas; 2) Os republicanos do movemento Tea Party que têm grande força na Câmara podem não ficar satisfeitos com o nível de corte de gastos; 3) Questões relacionadas ao Comitê formado para cortar gastos, há dúvida se ele será eficiente nisso; 4) Haverá aumento de impostos no futuro próximo.

Pelos jornais de hoje, no entanto, já se observa claramente quem foram os perdedores e os ganhadores no debate. Os maiores perdedores foram os mais radicais da esquerda americana, que insistiam, como Obama, em taxar os ricos (os donos de jatinhos, como sempre diz Obama). Os maiores vencedores seguramente foram os representantes do movemento do Tea Party, que defendem redução da dívida pública e dos impostos. Aqui vão duas boas explicações para a importância do movimento Tea Party, uma do Wall Street Journal  e outra do Yahoo News.

O jornal Washington Post classifica os perdedores e ganhadores no debate da dívida, e colocou o Obama entre os ganhadores, porque ele se afasta dos radicais e se aproxima dos moderados, e coloca s radicais do partido dele entre os perdedores. Eu achei estupidez isso, pois os radicais estavam apenas seguindo o que dizia quase diariamente o Obama. Vejam os ganhadores e perdedores do jornal.

Para provar que os radicais esquerdistas perderam nada mais simples do que ver a reação do New York Times, um jornal reconhecidamente esquerdista. Vejam o que diz o jornal sobre o acordo.

Obama estava vendo sua popularidade voltar para níveis vermelhos desde o começo de julho. Ele tinha conseguido ficar no positivo depois que matou bin Laden no começo de maio. Atualmente, Obama já estava se aproximando do patamar mais baixo que alcançou em setembro do ano passado quando 51,2% da população não aprovava o trabalho dele. O último resultado antes do anúncio do acordo mostra Obama no vermelho em 5,3 pontos percentuais (50,1% contra e 44,8% a favor), como mostra gráfico abaixo do Real Clear Politics.

Possivelmente, deve haver uma melhora na avaliação do trabalho do Obama, mas a base esquerdista radical de apoio a ele pode se afastar. Veremos o que deve acontecer nos próximos dias.


 (As indicações de várias fontes aqui tiveram base o blog Drudge Report)

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